Na região, as capitais concentraram mais da metade da receita do imposto, conforme o anuário Multi Cidades. Com um crescimento de 12,8%, a cidade de São Paulo obteve o melhor desempenho entre as capitais da Região Sudeste no recolhimento de Imposto sobre Serviços (ISS), totalizando uma arrecadação acima de R$ 7 bilhões. Os dados estão no anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, lançado recentemente pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP).
Segundo o levantamento feito pela publicação, Rio de Janeiro e Belo Horizonte registraram também boas taxas de expansão: 8,9% e 10,3%, respectivamente. As duas cidades ocupam a segunda (R$ 3,1 bilhões) e terceira (R$ 653,7 milhões) colocação no ranking das maiores taxas de recolhimento do Brasil.
A prefeitura de Belo Horizonte, que há dois anos implantou a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e), está agora compartilhando esta solução com outras três cidades mineiras: Contagem, Ibirité e Juiz de Fora. O secretário municipal de Finanças, José Afonso Silva, explicou que a finalidade é promover a integração e a redução dos custos de controle e fiscalização do ISS.
No Sudeste, as capitais concentraram mais da metade (55,1%) da receita do imposto. Com mais de R$ 7 bilhões arrecadados, São Paulo respondeu sozinha por 34,9% do total da região, seguida peloRio de Janeiro, com 15,7%, e por Belo Horizonte, com 3,2%. Ao todo, foram recolhidos na região R$ 20,19 bilhões.
Na lista dos municípios selecionados na região, a cidade de Carapicuíba apresentou a espetacular taxa de crescimento de 93,9%, a maior entre todas as localidades selecionadas por Multi Cidades. Destacaram-se também Campos dos Goytacazes (73,5%), Ribeirão das Neves (67,3%) e Belford Roxo (54,2%).
Raio-X Brasil -Em uma série de sete anos consecutivos de aumento, o ISS registrou um forte crescimento entre os municípios brasileiros em 2010, de acordo com os dados do anuário Multi Cidades. O montante arrecadado em todo o País totalizou R$ 30,56 bilhões, um aumento de 14,4% em relação ao ano de 2009.
Segundo a publicação, o crescimento acelerado do ISS em 2010 ocorreu sobre uma base de comparação comprometida pelos efeitos da crise econômica global no nível de atividade doméstica. Mesmo assim, o incremento no ritmo de expansão é uma evidência da superação da crise e da retomada do crescimento do setor de serviços.
Porto Velho, capital de Rondônia, foi novamente destaque ao apresentar uma elevação de 72,8%, após ter crescido 130,7% em 2009. Maceió (21,1%), Boa Vista (20%) e Cuiabá (18,9%) também tiveram uma variação positiva muito superior à média das capitais. São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte também registraram taxas de crescimento. Com uma arrecadação de R$ 15,9 bilhões, as 26 capitais foram responsáveis por mais da metade do ISS recolhido no País (52%).
Já no ranking per capita do ISS, as três primeiras posições foram ocupadas por Jeceaba, em Minas Gerais (R$ 3.701,14), São Francisco do Conde, na Bahia (R$ 2.207,67), e Barueri, em São Paulo (R$ 2.061,77). A média dos municípios brasileiros foi de R$ 162,41 por habitante, em 2010. Entre as capitais, Vitória-ES exibiu o maior ISS per capita (R$ 784,51), seguida de São Paulo e Santos, com R$ 627,28 e R$ 590,93 por pessoa, respectivamente.
Em sua sétima edição, o anuário Multi Cidades utiliza como base números da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentando uma análise do comportamento dos principais itens da receita e despesa municipal, tais como ISS, IPTU, ICMS, FPM, despesas com pessoal, investimento, dívida, saúde, educação e outros.
Fonte: http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=185401