Mudanças culturais e impacto na governança, consequências do projeto do governo federal para unificar troca de informações entre companhias e funcionários, preocupam executivos.
Entre empresas, 70% não têm projeto para a adoção do eSocial, projeto do governo federal que pretende centralizar o envio de informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas por parte do empregador para seus funcionários. O sistema entrará em vigor no primeiro trimestre de 2014 e também tem como objetivo melhorar o controle da arrecadação dos tributos por parte do Fisco.
Os dados são resultado de um levantamento feito com 2 mil empresas de todos os portes, realizado pela Thomson Reuters. Das 30% que já têm algum projeto relato ao eSocial, uma em cada quatro diz haver uma iniciativa já em andamento. A principal preocupação de 61% dos entrevistados é como fazer a integração de dados de origens distintas, uma vez que eles virão de departamentos como recursos humanos, medicina do trabalho, fiscal, jurídica e contábil.
Outra preocupação existente é relacionada com a adequação da empresa à utilização mandatória do eSocial. A mudança de cultura é o principal ponto de atenção apontado por 41% dos executivos consultados. Logo atrás, para 38,5%, o maior problema serão as alterações nos processos internos e de governança.
Quando entrarem vigor, o projeto do governo vai atingir as 6 milhões de empresas do País. ”É necessário um processo de governança e compliance integrado para que as empresas não acabem delegando a responsabilidade pelas informações do eSocial a apenas uma área da empresa”, sugere diretor dos negócios de Software da unidade de Tax & Accounting da Thomson Reuters no Brasil, Marcos Bregatim.
Fonte:crn.itweb.com.b