O ano vai terminando e a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) se intensifica, com o aumento dos esforços das autoridades fiscais estaduais nesse sentido. Em 2011, entrará em nova e decisiva etapa, ao incluir a EFD-PIS/Cofins, abarcando com isso milhares de empresas.
Para se ter ideia da abrangência disso, a sistemática compreenderá cerca de 9 mil pessoas jurídicas submetidas ao Acompanhamento Econômico-Tributário Diferenciado, sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real para fatos geradores ocorridos a partir de em 1º de janeiro de 2011; e em torno de outros 150 mil contribuintes sujeitos à mesma tributação com base no Lucro Real, para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de julho do próximo exercício.
Mais adiante, também se incluirão nesse universo aproximadamente 870 mil empresas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado, para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2012.
Nesta verdadeira corrida contra o tempo, estados como Santa Catarina, Goiás e Rio Grande do Norte já ampliaram significativamente a obrigatoriedade da EFD (SPED Fiscal ICMS/IPI) para 2011, mostrando uma nítida tendência para a adoção de medidas impactantes e de curto prazo.
Analisando este novo panorama, torna-se imperativa a existência de uma verdadeira sinergia entre contadores e empresários, inclusive com a utilização de ferramentas que facilitem a vida empresarial, como a implantação de softwares de gestão (ERP) compatíveis com a nova realidade digital.
Sem isso, o prejuízo para as empresas será enorme, especialmente no caso das pequenas, que já sobrevivem em meio a uma elevada carga tributária e à implacável burocracia governamental. As companhias deste porte devem buscar apoio, o quanto antes, para aprimorar seus procedimentos, cadastros e pessoal desde já.
Com a troca de informações via papel (envelope pardo), realizada ainda hoje, o contador eleva seus custos e o empresário aumenta seus riscos, ao passo que integrado a um ERP, esse intercâmbio fundamental de dados assume uma conotação tão diferenciada quanto o próprio estágio de evolução que o fisco exprime hoje por meio do SPED e todos os seus desdobramentos.
A cloud computing, ou computação em nuvem, por exemplo, é uma ágil ferramenta que se utiliza da memória e das capacidades de armazenamento e cálculo de computadores e servidores compartilhados e interligados por meio da Internet, seguindo o princípio da computação em grade.
O sistema é um grande aliado do contador, por exemplo, que, por meio de um sistema operacional disponível na Internet, a partir de qualquer computador e em qualquer lugar, pode ter acesso a informações, arquivos e programas num sistema único, independentemente da plataforma utilizada. Essa engenhosidade toda contribui significativamente para a maximização de resultados e a minimização de perdas.
Este é o futuro que começa a se fazer presente no cotidiano das áreas financeiro-contábil, trazendo resultados bastante positivos para as empresas. A implantação de programas como SPED e Nota Fiscal Eletrônica, além da própria EFD, mostra que a tecnologia só faz bem ao ambiente empresarial, contribuindo ainda para uma melhor interface entre contribuinte e fisco. Afinal de contas, sinergia pouca é bobagem nos dias de hoje.
Fonte: Blog Roberto Dias Duarte
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