Funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em todo o País fazem uma greve de 24 horas nesta quarta-feira por reajuste salarial, melhores condições de trabalho e incorporação de benefícios. Serviços como solicitação de aposentadoria, pensão e realização de perícias médicas estão prejudicados em diversos postos no Brasil.

De acordo com a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Assistência Social (Fenasps), há cerca de 100 gerências e mais de 1,2 mil agências de atendimento no País, com um total de 55 mil servidores – entre técnicos e analistas. A federação informa, no entanto, que só será possível estimar a abrangência nacional da paralisação no final do dia.

Entre as principais demandas da categoria estão o reajuste salarial de 22,08% – referente à inflação acumulada nos dois últimos anos e ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado; a incorporação de gratificações na aposentadoria; a contratação de novos servidores e a inclusão de adicional por qualificação nos salários.

No Estado de São Paulo, 69 agências e gerências pararam de funcionar total ou parcialmente nesta quarta-feira, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo (Sinsprev-SP). A capital teve adesão de 21 das cerca de 30 agências distribuídas pela cidade, de acordo com o sindicato. A entidade estima uma média de 500 atendimentos por dia nem cada posto, o que representa 10,5 mil pessoas sem atendimento nesta quarta.

Quem foi às agências pela manhã enfrentou fila ou portões fechados. O atendimento nos postos que aderiram à greve se limitou à remarcação de consultas para o dia seguinte ou para outras datas. Em algumas cidades, como Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, funcionários trabalharam de preto em certos postos, uma forma de protestar sem parar o serviço.

A continuação da greve será rediscutida em uma plenária nacional na sexta-feira, data final dada pelo governo para apresentar sua proposta aos servidores de diversas categorias que estão em greve.

Uma das 40 diretoras do Fenasps, Cleusa Maria Faustino, responsável pela regional de Minas Gerais, afirma que a paralisação pode continuar caso a posição do governo não seja satisfatória. “Essa greve só aconteceu por causa da falta de respeito do governo à nossa proposta, apresentada em janeiro. Podemos prosseguir dependendo do que vier”.

Fonte: dgabc.com.br