Segundo uma conceituada rede internacional de contabilidade a carga tributária que pesa sobre os ombros dos brasileiros está entre as cinco mais pesadas em todo o mundo.

Pelas contas da UHY Auditores, de 23 países pesquisados, os mais vorazes na cobrança de tributos, em termos percentuais sobre seu próprio Produto Interno Bruto, são França (44%), Itália (43%), Alemanha (43%), Holanda (38%) e Brasil (34%).

Numa rápida passada de olhos sobre essa lista percebe-se que o Brasil cobra mais tributos que seus colegas Brics. Rússia, Índia, China e África do Sul descarregam menos tributos sobre seus povos. Todas as demais nações (pesquisadas) das Américas também têm menos apetite que nós. Ah, os Estados Unidos cobram tributos correspondentes a 24% de seu PIB.

Percebe-se que entre os cinco campeões, apenas o Brasil não pode justificar que “devolve” para a sociedade serviços proporcionais ao tamanho da mordida que dá nos bolsos de seus cidadãos. França, Itália, Alemanha e Holanda, com ou sem crise, são históricas referências do que é conhecido como Estado do Bem-Estar Social. Cá entre nós, o retorno dos tributos aos brasileiros pode ser definido como parâmetro de estado do mal-estar social.

E não menos grave é o fato de que o maior volume de recursos é arredado pela via do tributo indireto. Ou seja, aquele que incide sobre o consumo (e não sobre a renda). Maior fatia da população, os menos favorecidos consomem, no total, um volume superior aos ricos e são (os mais pobres) os brasileiros que mais pagam tributos. E essa gigantesca parcela contribuinte, em sua esmagadora maioria, nem mesmo sabe que está arcando com tamanho peso, pois lhe é oculto o valor dos tributos contidos no preço de cada produto adquirido. Ou seja: Perdemos ao “ganhar” em mais um ranking global.

Fonte: Gazeta de Alagoas/ contabeis.com.br/ joseadriano.com.br