Criado com objetivo de promover a integração dos fiscos, mediante a padronização e compartilhamento das informações contábeis e fiscais, o projeto SPED vem se firmando a cada dia que passa. Se considerarmos a velocidade em que este vem aumentando sua abrangência e profundidade, em breve o Fisco começará a emitir notificações e autuações, alerta Maicon José Gorges, consultor de negócios da empresa Quirius Soluções Fiscais.

” As empresas devem ficar de ‘’olhos abertos’’ a partir do primeiro mês subsequente a transmissão do arquivo digital ao fisco. O ciclo de auditoria entre as informações apresentadas a RFB tem como prazo, estabelecido em lei, de cinco anos a partir do dia da transmissão. Ou seja, a empresa pode ser auditada no mês seguinte a entrega do arquivo digital até o ultimo dia que completa o prazo de autuações do Fisco.”

O fato é que o Fisco está se aperfeiçoando e profissionalizando no quesito “análise e sistemas de informação”.  Confiar na máxima de que “será um grande e improvável azar a empresa cair na malha fina” já não é mais aceitável.

Para Marlos Adriano Brust, diretor de operações da Quirius, as empresas devem acompanhar o movimento do fisco e aperfeiçoar seus processos, usando a tecnologia da informação como sua aliada.

“A afirmação de que os sistemas de gestão sozinhos garantirão a integridade e conformidade das informações apresentadas ao fisco não deve ser aceita. Por experiência, estes encaram cada obrigatoriedade de forma individual, não se preocupando com a conformidade entre as diversas entregas, e tampouco pelo o que está sendo gerado, pois apenas espelham a qualidade da informação armazenada em sua base de dados.

Da mesma forma, não é adequado que as empresas se preocuparem apenas em adquirir ferramentas de análise e auditoria digital dos arquivo pois, nestas condições, muitas vezes empurram o problema para o final de seus processos, e inevitavelmente, acabam onerando as áreas contábeis e fiscais.

O mais coeso é analisar o processo da gestão fiscal como um todo, inserindo soluções que otimizem seus processos, mas não deixem de lado a preocupação com a conformidade das informações e, principalmente, de como elas chegarão para o Fisco dentro de um arquivo SPED. Podemos exemplificar esta situação com a forma na qual as NFe’s são recebidas, validadas e inseridas para dentro do ERP”.

Para as empresas que deixaram de encarar o projeto SPED como um problema, e buscaram as soluções necessárias, os resultados já são percebidos. Entre eles estão a otimização dos processos e eliminação do retrabalho nas áreas fiscais, mas principalmente, a possibilidade de utilizarem essa massa de dados para a análise estratégica de seus negócios.

Fonte: quirius.com.br/ joseadriano.com.br