CONVERGÊNCIA DIGITAL

Com a segurança sendo ainda o grande ‘calcanhar de aquiles’ para a adoção de serviços de cloud nas corporações, o mercado de certificação digital prevê que o uso da tecnologia pode, sim, vir a ser uma validação oficial para as aplicações. Essa foi a posição defendida pelo assessor da Presidência do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Sérgio Cangiano.

“As soluções vencedoras em nuvem utilizam certificação digital para autorização de entrada na nuvem e certificação dos dispositivos que compõem a nuvem. A assinatura digital unívoca garante a identidade do cliente e a autorização do uso dos serviços contratados da nuvem”, sustentou.

“Os demais certificados digitais utilizados nos dispositivos de hardware e software garantem que os serviços são prestados pela nuvem contratada e a integridade dos dados com proteção a acessos não autorizados”, acrescentou.

E para corroborar sua tese, Cangiano lembra que o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia [National Institute of Standards and Technology – NIST] – que faz parte do Departamento de Comércio do governo norte-americano – elaborou um conceito visto por muitos especialistas e técnicos da área como o mais apropriado para a computação em nuvem.

Segundo o NIST, há cinco características essenciais: autosserviço sob demanda, acesso a rede de banda larga, pacote de recursos, rápida elasticidade ou expansão, e serviço de mensuração. A definição também cita os modelos de serviço de software, plataforma e infraestrutura, além de quatro modelos de desenvolvimento: privado, comunitário, público e híbrido – que, juntos, categorizam modos de entrega de serviços em nuvem.

Cangiano acrescenta que, com o uso crescente da computação em nuvem, a certificação digital deve percorrer o mesmo caminho dos motores elétricos e dos computadores. “Inicialmente, eles funcionavam isolados, depois de maturação eles estão presentes em tudo que nos cerca: nos motores no vidro do carro, no teto solar, na veneziana de casa, no portão da garagem, no relógio, na bomba de água, nos brinquedos. O computador está no carro, no telefone, no avião, no metrô, no relógio, no alarme da casa”.

Com isso, na opinião do assessor, o certificado digital “estará no celular para acesso e pagamento móvel, em cada dispositivo da computação em nuvem seja de acesso ou recurso utilizado como serviço para garantia de segurança e integridade dentre outras aplicações”.

Fonte: convergenciadigital.uol.com.br/ robertodiasduarte.com.br