Pelo menos três Estados vêm cobrando Imposto de Circulação de Bens e Mercadorias (ICMS) em compras feitas pela Internet de empresas de outros Estados, informou nesta sexta-feira (11/2) o jornal Folha de S.Paulo.

Bahia, Ceará e Mato Grosso têm cobrado ICMS de compras realizadas via Internet e também via telemarketing, além do ICMS cobrado pelo Estado de origem da mercadoria.

O caso mais recente é o da Bahia, que começou a cobrar o ICMS este mês. Ceará e Mato Grosso realizam a cobrança desde 2009, informa o jornal. Outros Estados, como Piauí, começarão a cobrar o tributo nos próximos meses.

Na Bahia, grandes lojas, como Renner e o grupo B2W (controlador das lojas Americanas, Submarino e ShopTime), conseguiram liminares na Justiça que a liberam do pagamento.

Em abril, data da próxima reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), os Estados que realizam a segunda cobrança deverão pressionar os Estados de São Paulo e de Rio de Janeiro, onde geralmente estão os estoques dessas empresas, a partilhar o valor cobrado na origem.

Nos EUA
A questão da cobrança de impostos em vendas realizadas pela Internet também preocupa os Estados Unidos. Lá, as lojas que vendem pela web não recolhem imposto sobre o consumo – ao contrário das lojas físicas, que cobram do consumidor taxas que chegam a 10% do preço do item. Um estudo da Universidade do Tennessee aponta que, no período de seis anos que termina em 2012, o total de impostos não coletados será de até 56 bilhões de dólares.

Para alguns Estados dos EUA, a solução tem sido cobrar o imposto diretamente do consumidor. Na Califórnia, o contribuinte é obrigado a declarar o quando gastou em itens comprados pela Internet. O Estado do Colorado, por sua vez, obriga os comerciantes online a informar ao Estado quanto cada morador gastou no site.

Fonte: Fenacon