O trabalho na formatação de informações deve ser conjunto, mas muitas estão deixando tudo na mão do contador.

Os dilemas das empresas que são obrigadas a apresentar informações dentro dos padrões definidos pelo Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) existem também para as cooperativas em todo o Brasil. Muitos gestores não estão dando a devida importância ao tema, não levando em conta as consequências legais e pesadas multas a que ficarão sujeitas suas organizações caso não as cumpram.

As cooperativas de qualquer área de atuação também vivem os dilemas relacionados às dificuldades vividas pelas empresas tradicionais em relação à estruturação das informações relacionadas às operações, uma vez que, se faz necessário traduzir a legislação inerente a cada tributo em códigos de enquadramentos existentes nas diversas tabelas internas e externas vinculadas a cada estrutura de arquivo digital. Dentro deste contexto também existe a preocupação de gerar e transmitir informações íntegras e consistentes que não venham expor a cooperativa a autuações futuras.

A chegada do SPED aumentou significativamente o trabalho e a necessidade de busca por aperfeiçoamento dos profissionais das áreas contábil/fiscal e tecnologia de informação (TI) das cooperativas, sobretudo na necessidade de investimentos em recursos sistêmicos para o adequado tratamento informações. Uma das limitações destas entidades empresariais está relacionada ao custo dos projetos – software e serviço – de atendimento às demandas do Fisco.

Na opinião de Enoque Alves de Souza Pinto, analista contábil da OCB/ES (Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo), muitas cooperativas ainda estão pensando como no século XX e ignorando as novas obrigações. “O custo é um dos principais entraves para o não atendimento do SPED. Muitas deixam de comprar o sistema por causa do seu valor. Outro problema é o medo da mudança.”

Ele afirma que para atender as novas obrigatoriedades, o gestor da cooperativa tinha que trabalhar em conjunto com o contador, adotar sistemas e assim passar informações corretas. “Na verdade falta alinhamento dos três pilares (gestor, contador e sistema). Muitas cooperativas trabalham com contadores terceirizados, o que dificulta o diálogo. A realidade financeira de algumas cooperativas as impedem de contratar consultorias para a implementação de novas ferramentas. Por isso, elas têm deixado tudo na mão do contador.”

Colocando a casa em ordem

Como nas outras empresas, as cooperativas possuem um corpo diretor, responsável pelo bom andamento da gestão e dos negócios. Quando o assunto é o atendimento às obrigações do SPED, a origem de praticamente todas as informações está vinculada as operações/transações realizadas pelas cooperativas, de modo que, se faz necessário estruturar os sistemas operacionais para gerar informações relacionadas aos parâmetros tributários no momento da emissão ou escrituração de documentos fiscais, permitindo desta forma a integração destes dados nos diversos módulos sistêmicos relacionados, quais sejam, fiscal (ICMS – IPI – PIS – COFINS), contabilidade, financeiro, estoques, patrimônio, entre outros. Este formato permite o armazenamento das informações nos bancos de dados dos sistemas de gestão das empresas e, possibilita as buscas sistêmicas das informações para as diversas esferas do SPED na mesma fonte. Dependendo do porte da cooperativa, outras demandas aparecem como a geração eletrônica do CIAP e Inventário para o controle patrimonial.

Ferramentas tecnológicas e serviços disponíveis

A chegada do SPED aumentou significativamente o trabalho e a necessidade de busca por aperfeiçoamento dos profissionais das áreas contábil/fiscal e tecnologia de informação (TI), sobretudo na necessidade de investimentos em recursos sistêmicos para o adequado tratamento informações.

O preço das ferramentas é a principal preocupação de algumas cooperativas. “Há diversas empresas no mercado, mas muitas cooperativas não conseguem pagar pelo sistema. Então muitas nem optam pela qualidade e sim pelo valor. Acho que a saída seria que as empresas de TI fizessem vendas coletivas. Ou seja, vendessem uma ferramenta para diversas cooperativas que rachariam o pagamento. Mas não sei se na prática, isso seria possível, mas pode ser uma saída”, afirma o analista da OCB.

“As cooperativas são entidades jurídicas com regras específicas, mas, assim como as empresas, possuem obrigações com relação ao Fisco. O cooperativismo, que reúne mais de 7.600 cooperativas filiadas ao sistema OCB e é responsável por 6% PIB”, lembra Lourival Vieira, diretor de Marketing da Sispro – Sispro – Serviços e Tecnologia para Administração e Finanças. “Mesmo com todas as suas especificidades, as cooperativas também podem contar com as melhores tecnologias e serviços para garantir que o SPED seja atendimento corretamente. “Um exemplo é a Cotrijal, Cooperativa Agropecuária e Industrial, presente em 14 municípios do Planalto Médio Gaúcho, que contratou a Sispro – Serviços e Tecnologia para Administração e Finanças, para atender às exigências do SPED relacionadas ao controle fiscal, contábil e gestão de patrimônio. “Com foco na produção de grãos, leite bovino, rações, além de lojas e supermercados para a comercialização de seus produtos, a cooperativa necessita de uma alternativa viável para gerar os arquivos digitais corretamente com informações sobre um grande volume de transações. O projeto envolveu a contratação do Sispro Sped Contábil, Sispro Sped Fiscal, Sispro Sped PIS/COFINS e Gestão de Patrimônio.

Fonte: Sispro serviços e Tecnologia para Administração e Finanças via www.joseadriano.com.br